Farm é criticada após colaboração com Starbucks; entenda o caso
Em ação conjunta, 17 organizações sindicais buscam interromper a parceria entre FARM Rio e Starbucks devido a denúncias trabalhistas
atualizado
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Após o lançamento da colaboração com a Starbucks, um sindicatos e organizações de direitos humanos endereçaram uma carta ao CEO da Farm, Fabio Barreto. No texto, as organizações evidenciaram denúncias trabalhistas contra a cafeteria e requisitaram a suspensão da colaboração entre as marcas.
Vem saber mais detalhes da polêmica!

FARM Rio é cobrada por organizações sindicais e de direitos humanos
Em maio, a marca de moda FARM Rio levou seu maximalismo e espírito brasileiro para uma coleção de copos, garrafas e canecas ao lado da gigante do café Starbucks. Pouco tempo depois, 17 organizações sindicais e de direitos humanos se uniram a favor da suspensão da parceria em uma carta enviada à empresa no dia 23 daquele mês.
Na denúncia movida pela International Rights Advocates, oito trabalhadores alegam ter sido vítimas de trafico humano para o trabalho forçado em cinco fazendas de café, localizadas no estado de Minas Gerais. “Essas fazendas venderam seu café para a cooperativa Cooxupé, principal fornecedora da Starbucks no Brasil há mais de uma década”, explica a carta enviada ao CEO da etiqueta brasileira radicada no exterior.

O caso foi noticiado em janeiro de 2024, quando as acusações repercutiram na imprensa internacional, em veículos como a NBC News, The Guardian e, posteriormente, no The New York Times, em abril deste ano. Entre as organizações à frente do comunicado para o representante da Farm, a União Geral dos Trabalhadores (UGT Brasil) uniu forças com a Coffee Watch — ONG sem fins lucrativos que vigia o setor cafeeiro global — para iniciar a campanha #RompaComAStarbucks nas redes sociais.
Em uma publicação feita pela Coffee Watch no Instagram, a ONG questiona publicamente a FARM Rio e declara que a parceria não combina com os valores da empresa. “Como explicar o apoio a uma empresa ligada a trabalho análogo à escravidão em fazendas de café no Brasil e que se recusa a firmar um contrato justo com seus trabalhadores nos EUA">
“Vocês falam de sustentabilidade, cor e alegria, mas não há beleza na exploração de quem planta o café que a gente consome, nem na precarização do trabalho dos baristas”, continua a Coffee Watch em tom crítico à etiqueta.
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Procurada pela coluna, a FARM Rio não se pronunciou sobre o caso até o momento da publicação desta reportagem. O espaço segue aberto. A carta pode ser conferida neste link.