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O Conselho de Segurança das Nações Unidas debate nesta sexta-feira os ataques militares de Israel a alvos do Irã em encontro de emergência realizado a pedido das autoridades iranianas.
Na reunião do órgão de 15 Estados-membros discursaram a subsecretária-geral da ONU para Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz, Rosemary DiCarlo, e o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, Rafael Mariano Grossi.
DiCarlo falou de mais de 200 aeronaves da Força Aérea Israelense envolvidas nos ataques iniciais, com o lançamento de mais de 330 munições sobre cerca de 100 alvos. Na operação israelense houve diversas instalações nucleares atingidas, incluindo Natanz, um dos principais locais do programa nuclear iraniano.
Em retaliação, o Irã lançou cerca de 100 drones em direção a Israel, que ela disse que foram todos interceptados antes de atingir o espaço aéreo israelense. No momento do discurso, ela disse que havia mísseis iranianos se dirigindo a Israel.
DiCarlo afirmou que a ONU incentivava os esforços diplomáticos em andamento ressaltando que uma resolução pacífica em negociações continua sendo o melhor meio para garantir a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear iraniano.
Para a chefe dos Assuntos Políticos, o mundo deve, a todo custo, evitar uma combustão crescente, que teria enormes consequências globais.
Já Rafael Mariano Grossi disse que continuam os os permanentes com a agência de regulamentação nuclear iraniana para avaliar o status das instalações nucleares relevantes e o impacto delas na segurança e proteção nuclear no Irã.
Ele próprio disse estar ter apontado que estava disposta a se deslocar ao país para examinar a situação e garantir a segurança, proteção e não proliferação no Irã.
O chefe da Aiea falou de os feitos com Irã e Israel para assegurar a segurança de inspetores da agência da ONU destacando que todas as ações são tomadas para que estes não sofram danos. Para as partes envolvidas, ele assinalou que o diálogo e diplomacia são o caminho para a paz.
Pelas informações confirmadas à ONU, pelo menos quatro generais iranianos de alto escalão e três importantes cientistas nucleares foram mortos na quinta-feira. Vários civis também teriam perdido a vida e ficado feridos.
Na sexta-feira, o secretário-geral ressaltou o perigo de qualquer escalada militar no Oriente Médio.
A organização defende a obrigação dos Estados-membros de não se usar a força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado, de acordo com a Carta da ONU e o direito internacional.
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